Estação Romana da Quinta da Fórnea
Ano: 2007
Localidade: Belmonte
Em 1997, e no seguimento do projeto de execução do Itinerário Principal 2, hoje conhecido como A23, a então denominada Junta Autónoma de Estradas viu-se confrontada com a existência de vestígios cerâmicos romanos no local da Quinta da Fórnea, tornando-se premente a prévia realização de trabalhos arqueológicos, por forma a confirmar a importância e estado de conservação do sítio na área diretamente a afetar pela construção da rodovia. Perante tal facto, foi então solicitada a realização de uma intervenção em grande escala, tendo daí resultado o reconhecimento da importância deste sítio arqueológico e a alteração do traçado rodoviário inicialmente previsto, salvaguardando-se assim este importante elemento patrimonial. Passados dez anos, o município promove a execução de um projeto, visando a continuidade dos trabalhos arqueológicos, bem como o restauro e valorização das estruturas identificadas na década anterior. É neste âmbito que, ao longo de quase um ano, colocaram-se a descoberto a quase totalidade das estruturas ainda preservadas no subsolo, surgindo hoje a Quinta da Fórnea como uma das poucas explorações rurais romanas escavadas, praticamente em toda a extensão, no nosso país. Servida por importantes troços viários da Via Imperial que ligava Emerita Augusta (Mérida) a Bracara Augusta (Braga), esta grande exploração rural (
villa) localiza-se na parte oriental da Serra da Boa Esperança, numa zona de encosta suave, voltada ao vale, junto de férteis solos para as práticas agrícolas.
Promotor: Câmara Municipal de Belmonte
Voltar atrás